segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

OMAR KHAYYAM

a sabedoria singular
do poeta persa omar khayyam:
(1048-1131)


(eu nunca sou , eu sempre ¨tento¨ ser .
pois houve um dia em que eu
consegui ser .
e naquele dia... não mais busquei.)



sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

A SOLIDÃO DO NOME











velho ! velho...!
tudo era velho .

seu teto era velho,
seu piso era velho.
seu sentimento era velho...
e naufragava em um mar sem porto.

velho seu sapato,
suas meias , seu casaco.
seu choro era velho...

velha sua angústia ,sua aflição...mágoa.

ali os anos tinham bocas enormes,
engoliam os calendários.

desbotando as cores
dos seus velhos sonhos.

pois até as demolições eram velhas,
giratorias e sem protocolos.

até que um dia
seu velho espelho
mirou seu velho rosto.

e sem cerimônia
assobiou-lhe
uma velha
canção
de morte.




(moisés poeta)



segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

O ESTAGIÁRIO











sempre fica um pouco
de poeira por sobre a pele.

e o mágico bocejo das folhas que caem
nessas ruas que atravesso...

amo todos os meus delirios
e essa pausa no caminho.
esse meu ficar ... no desgarro de tudo.

mas sei que esse meu tempo,
esse meu agora ,
é uma flor idilica que metamorfoseia.
pois tudo de repente ja vira lembrança.
bem antes que o chão receba
meu próximo passo.

amo todos os meus momentos
e essa estada no caminho.

porque sei que lá no futuro,
bem lá no fim da linha...

eu serei um homem

varado de saudades.





(moisés poeta)




terça-feira, 5 de janeiro de 2010

DEMOLIÇÕES

Rápida espingarda de chumbos mortais
passeia na selva de dentro de mim.

Miro a miragem desse fogo bastardo,
meu enguiço por dentro dispensa uma fuga.

Minha palavra tem curto alcance,
e a tal fome de tudo rasteja no chão.

Sou agora esse pássaro na mira do tiro

Sem ritmo exato na alçada do vôo.