sábado, 12 de junho de 2010

O PRISIONEIRO DE OLHOS MANSOS









Festim para o pouso do corpo,
de onde o canto amestrado nasce.
inoxidável...

Fatia de um pássaro de olhos mansos,
ao modelar fantasias de vôo.

Sonharia arquipélogo de cores ?

Puro delirio cruel que se alça,
com a dor aguda do corpo.
sem geografia para as suas viagens .

Mas , fidalgo, ergue o canto.
(reflexo unico do corpo)
gula de bico da eterna plumagem.

Ele agita suas asas
de côcoras para o mundo.

E o vôo, por dentro ,

Enfim

Se alça .




(Moisés Poeta)